quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Confusão emocional

Em noites como estas não sei o que sentir. Esta falta de emoções assusta-me. À noite, apenas à noite, quando sou atacado pelos meus mais profundos pensamentos tenho medo. Fujo constantemente da realidade que me atormenta a estas horas, a solidão. Uma solidão tão profunda que até hoje não foi curada, é uma ferida aberta, exposta à escuridão.
Tenho vontade de me esconder, não do mundo, de mim. Tenho vontade de ficar isolado, sem luz, perdido nos meus pensamentos confusos e conturbados. 
Sou uma pessoa inacabada, e pensando em todo o meu passado sei que uma grande parte de mim nunca  foi completa. A busca para me conhecer nunca deu resultado, nunca percebi bem quem ou o que sou, o que quero ou o que pretendo de todos aqueles que se aproximam e afastam. 
Muitos chamariam a isto bipolaridade sentimental, confusão emocional ou até mesmo hipocrisia, mas é a verdade, crua e fria, como a minha alma e os meus pensamentos em noites como estas.
Não há estrelas, a lua escondeu-se, com medo de se cruzar com tantas incertezas. Sou um ser indefinido, em cinzas, hoje sem vontade de renascer, de reviver. 
Em ocasiões como estas,nada especiais e únicas tudo parece irrelevante. Quero ficar, mas não assim, quero construir, mas não desta forma. 
Quero ficar completo e perder-me eternamente, porque aí, quando não tiver revoltas emocionais como estas estarei completo. Não completo emocionalmente porque vou sempre querer mais de mim, mas completo porque estarei a completar outra pessoa. 
Em noites como estas não sei  o que sentir, não sei mesmo. E estou assustado. Mas sempre estive na realidade. 
Isto é uma história sem fim, "só querer viver" nunca fez sentido. 


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