quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Believe it! (Aviso)

Isto é um texto pessoal/aviso. Nem sei bem por onde começar nem por onde acabar...

... É isto. Só isto. Duas ou três frases, uns quantos suspiros pelo meio e uns sorrisos parvos que só alguns conhecem. Chama-se amor, e é isso que muda tudo. Este será o ultimo texto que será contado ao mundo. Um esclarecimento, um abandono temporário ou permanente...

Fico feliz, mais do que muitos imaginam e desejam, ao descobrir que o que pensava ser algo permanente mudou. Mudaram os rumos, modos de vida e os simples olhares. Tudo se tornou mais complexo mas também mais simples de gerir. Mais fácil de aceitar mas mais difícil de explicar. Foram explicações, que apresentei aqui durante muito tempo, resultantes de amores perdidos, dissabores e tormentas. A verdade é mesmo esta, um dia depois da tempestade nasce o sol. Do outro lado do planeta ou do país talvez, mas nasce. Nasce deixando-se descobrir e conhecer. Nasce permitindo que acordem as flores e que toda a magia se volte a sentir.
Nasce mais forte e ilumina vidas, guia pessoas e oferece-lhes prazer. O poder do sol é mesmo ilimitado, luminoso e puro.
Peço desculpa James Blunt, já não fazes parte da banda sonora da minha vida. Acrescentei uma música em que apenas se ouve 'Believe it' e quer queiram ou não... Acreditem, vale a pena acreditar, deixar-se conhecer e largar todos os velhos modos de vida e todas as formas de sentimento que só nos trazem sofrimento. Afinal, o que queremos é apenas viver, e eu, mais do que nunca Só quero viver.

Ai eu AMO, agora eu AMO! E sim, é fácil.

Obrigado por me acompanharem leitores e por lerem o meu coração. É com alegria que abandono por tempo indefinido este projecto uma vez que já tenho quem o consiga ler, alguém que também o enche!

Tentem SÓ VIVER e já sabem, try to believe e até uma próxima.


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

NÓStalgia

Cá estou eu, não percebendo porquê, sem sono e sem reconforto. Ilumina-se-me o rosto pela única fonte de luz visível neste quadrado, um telemóvel, um triste telemóvel. Penso o que fará de mim uma pessoa assim, complicada, inconsolável, com sede de mais mas com necessidade de menos. Quero que chova, que o céu perca a cor e que se feche. Quero que alguém, em algum lugar remoto sinta o que sinto, não porque quero ver alguém infeliz ou menos feliz, não porque não quero ser o único que aparenta ter problemas, mas sim porque me quero sentir compreendido.
Admito, eu sabia que virias nostalgia de inverno. Vou abrir os braços e deixar-te levar um pouco da minha alma, um pouco de mim, de uma só vez para que no próximo inverno não apareças, deixando-me ser feliz sem um senão. Aparece sim no último e derradeiro dia deste ciclo terrestre, a vida. Aparece, com toda a tua magnitude e devolve-me todos os pedaços que me tens roubado. DEVOLVE-MOS ou leva-os de uma vez.
Não estou infeliz como desejas, estou cansado, demasiado cansado para lutar contra essa intenção cruel que eu e tu, odiável nostalgia bem conhecemos.


Written with an nokia mobile with only one finger and one heart

domingo, 28 de novembro de 2010

Medo? Será medo?

Tenho medo. Medo? Tenho medo,não é medo apenas, tenho muito dentro de mim, muito que parece valer pouco.
Aprendi a orientar-me sem a mão que prometera outrora acompanhar-me para sempre. Aprendi a caminhar, como se fosse uma frágil e inacabada criança que larga o dedo da mãe que feliz mas receosa deixa a pessoa mais importante da sua vida dar o passo maior do que a sua pequena perna. Aprendi com a tua ausência, agora indiferente a sobreviver neste ambiente de feras, neste mundo canibal.

Mudou. Felizmente mudou. Foram cinco minutos, talvez 10, mas aconteceram. Foram segundos que correram, poucos olhares que se trocaram, mas foram, basta terem acontecido para fazerem parte da história. Estou receoso. Serei suficientemente forte para aguentar a triste dependência que outrora me arrastou lentamente para o meu lado mais obscuro e melancólico? Tenho medo, medo, sim, é apenas medo, agora. Medo de sentir na alma a triste angústia diária. Medo de lavar os meus olhos em água e sentir um peso no duro coração que me enfiaram no peito sem estar concluído.

Não sei, simplesmente não sei se aguentarei. Mas tentarei? Acredito que sim. Quero conhecer os medos, não só os meus, os nossos, partilhar suspiros, olhares e carícias. Tentarei viver, promessa feita à muito quando comecei este projecto, um projecto de vida que ultrapassa um ecrã e um teclado, uma página na Internet que me lembra, cada vez que a visito que SÓ QUERO VIVER.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Melancolia de Inverno, I

Mais uma noite devorada em frente a esta máquina que me tira o sono. Será só esta máquina que me tira o sono? A dor no coração parece provocar este mesmo efeito, mas não será suficiente, a dor, para me impedir de dormir.


Quando me sinto só e sou atormentado por uma notável vontade de escrever um texto agravo a ideia de que preciso de alguém. Não estou carente certamente, mas preciso de alguém. Alguém me compreenda verdadeiramente e me ensine o que é ser feliz novamente. Aquela coisa, a que alguns chamam de tristeza é mais profunda no inverno. Estes dias cinzentos que pesam na alma não são suficientemente extensos para descobrir o amor, ou uma amizade especial que me arranque desta cadeira, velha e triste.


Pergunto-me do que é feito dos meus amigos? Eles estão cá, a meu lado mas não é suficiente. Esta melancolia que me aperta a alma é exigente. Pede mais e mais, enquanto tenho vontade de menos. A triste melancolia que nunca fui quebrada até à primavera, estação onde florescem novos amores e amizades transforma-se numa rotina. Na triste rotina de inverno que culmina no Natal, e me faz querer voltar à infância, onde não sabia o que era amar, mas também não sabia o que era sofrer. Fernando Pessoa, desejava ser inconsciente e ter a consciência disso. Eu desejo ser consciente, amando, mas inconsciente nos problemas que desencaixam o meu coração. O coração não é só símbolo do amor, é símbolo de vida. Será que sobreviverei a mais um triste, longo e melancólico inverno?

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

It's to late to face the destiny.


Actually I'm worried about myself. I think that I made some mistakes in my other life but I never thought that problems that seem to be solved could show up and cross the destiny.

I'm not sure about destiny. It seems so problematic and I don't feel that I should risk and try to live it.
I don't know how one person can change almost* everything in his/her identity. When this happens, that person becomes another. That person only has the same aspect, but inside, every single cells of their body are different. That human being changed their essence.

I try every single second to maintain my essence. But now, when I look in the mirror I know that it's impossible. You can't stop the nature because it is treachrous and as far as I know change happens. Love happens. Bad things happen.

I still fight and I know that some* of my cells are the same. But I can't stop destiny. One day or another I will change 'cause the only thing that I'm sure about is that destiny is stronger than me.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Um segundo (olhar)

Sabes quando olhas para alguém e perdes as noção do que és, nesse momento, como se parasses no tempo e visses o mundo correr à tua volta de uma forma desfocada, enquanto te afundas nos olhos de alguém que com um olhar já faz de ti uma pessoa mais completa?

Isso nunca me aconteceu. Nunca me apaixonei de tal forma. Por vezes penso que é por isso que sofro, porque não encontrei o tal amor, que te deixa completamente arrasado com um primeiro encontro. Esse sim é um amor, profundo, vivido ao máximo, sem um senão ou problema que o poderia atormentar.
Talvez seja um amor sem erros, que se repetem sem uma aparente razão. Talvez seja um amor sem segundas intenções. Talvez seja um amor transparente. Talvez, talvez porque nunca senti nada assim, algo tão perfeito e bonito.

Aqui nada é fácil. Eu próprio sou complicado. Por vezes não me entendo, por vezes perco-me quando fecho os olhos e imagino como tudo seria com uma única diferença. Isto a que talvez possa chamar amor, ou sentimento apenas não é nada mais do que uma acumulação de problemas que me fazem querer-te mais, cada vez mais.Uma oportunidade seria pedir demasiado. Apenas peço que te lembres de mim, nem que seja por um único segundo.

E quando a tua boca perder o sabor do meu último beijo, procura algo mais profundo... Procura-me.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Destinos sem rumo


Por vezes penso que nasci para desapontar os outros. Em alguns momentos distintos penso que vivo para certas pessoas que não me merecem minimamente mas que tocam profundamente no coração. Deixar-me sem geito já não é possível. Eu vivi e sofri de mais, ganhei e perdi vezes sem conta. Desapontei mas fui desapontado de uma forma ainda mais cruel. Agora sinto-me diferente e tenho medo de me transformar numa figura de pedra rígida, sem sentimentos que não mais poderá amar ou ser amada.

Nesta etapa mórbida da minha vida sei que conheço todos os cheiros, toques e sensações. Sinto apenas uma necessidade, tenho saudades de te ver adormecer, sentir o teu respirar perto do meu peito, respirar contigo, profundamente como se fosse a última vez que me perderia aí. Se fosse em situações anteriores, saberia que momentos a seguir a um "até logo" seria atormentado pelo medo, esse que não perdoa. Sei que me sentiria vazio como se te estivesse a esquecer à medida que os meus lábios perdiam o teu sabor. Sabor esse, que já não me cativa mais e que foi assassinado no dia em que olhaste para mim, com um olhar doce, mas triste e caminhaste, inocentemente em direcção ao nevoeiro, que te escondeu, talvez para sempre.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

só vi


Surge baixa, serena e triste.

Uma figura pálida, que mal suporta o peso das suas velhas e sofridas pernas tem o dever de suportar algo que a torna mais importante do que qualquer outro ser humano.
Vende de uma forma calma mas vibrante a unidade que poderá salvar a sua família. Não vende apenas o peixe fresco. Oferece com ele um pouco de algo que vale muito mais, o empenho e uma pequena parte do seu próprio coração.
Não consegue esconder um sorriso que embora suave e amarelo traduz um pouco de conforto e mais uma refeição conquistada.
É humilhada e esquecida por um mundo egoísta que tenciona ignorar permanentemente a sua imunda figura. Esta não se importa. Não se sente superior ou inferior, apenas alguém que tem nas suas enrugadas mãos a vida de quem ama.

O amor vale muito mais aos olhos de quem ama do que aos olhos de quem o pretende assassinar.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

por entre os lençóis do teu corpo

Remexo os lençóis à procura de algo que me faça viajar e reviver todas as emoções que na tua companhia satisfizeram todos os tecidos do meu corpo.
Um calor, acompanhado por uma apetecível repugnância arrastam-me para longe do meu habitat natural. Respirar torna-se insuportável.

Expiro imediatamente todo o ar que alimentava estes pulmões cansados. O meu coração não bate mais da mesma forma.
Sou novamente absorvido pela escuridão, escuridão essa por onde percorri, voluntariamente um corpo descaído e morto. Arrasto as minhas mãos pelos simples mas deliciosos lençóis que me fazem saborear novamente a tua límpida e pura pele.
Sinto um incrível desejo de cometer todos os pecados capitais com um só gesto, um perverso pensamento. Sinto a necessidade de satisfazer este corpo morto, sem rumo, de uma forma louca e animal de que me envergonho.

O sabor da carne satisfaz-me parte do desejo. Este desejo acaba de encontrar um outro corpo estendido de uma forma estranha e irregular naquele sítio que já não é o mesmo.

O desejo carnal é satisfeito com um ainda maior. É impossível perdoar todos estes pensamentos. Infelizmente a gula supera todas as tentativas de perdão.

terça-feira, 27 de julho de 2010

um ponto final insignificante.


Quando percebi que me ias deixar não quis acreditar (...) Nesse momento apercebi-me que esse seria o ultimo momento em que iríamos trocar olhares. Preferi deixar-te ir e seres feliz.

Nem sempre tudo o que idealizamos se realiza, nem tudo nos toca tão profundamente como um amor proibido. Nessa caminhada de despedida em que caminhamos em direcções opostas relembrei todo o ano que tinha passado. Verti uma lágrima e prometi que essa seria a última. Mesmo assim por covardia deixei-te voar para longe como uma finíssima folha, levada pela brisa. Gostaria ao menos de ter tido coragem para exprimir o meu sentimento, mas ao invés disso deixei-te fugir como a areia que se nos escapa por entre os dedos.

Vida, eu nunca mais vivi a minha porque te revelaste um vício.

Não consegui então deixar de pensar em ti. Todo o sabor de uma relação expressamente impossível foi-se tornando mais amargo. Imaginei então como seria um beijo teu, como seria o teu abraço, como serias tu realmente. Ao deixar-te ir disse adeus ao meu sonho mas apesar de não ter vertido uma única lágrima senti-me corroído por dentro.

E fiquei então durante invernos e Outonos repletos de agonia que me ia corroendo e que me tornava numa pessoa que eu próprio não reconhecia a olhar para a porta de onde saíste e nunca mais voltaste. Afinal seria tudo um sonho ou amava-te demais para acreditar que jamais voltarias? Nunca descobrirei realmente e assim vou ficar para o resto da minha vida (...)

Foram esses os verões mais longos e os Outonos mais tristes. Mas continuei a olhar para a tal porta há espera que um dia me viesses aconchegar da forma que só tu sabias. Mais tarde deparado com a consciência da tua perda perguntei-me qual seria o rumo a tomar. Decidi optar pela maneira mais fácil de te esquecer. Com uma caixa de comprimidos no chão deitei-me ao lado da tua foto e nos últimos momentos em que estava já a perder os sentidos vi-te sorrir na minha mente, aquele sorriso característico que só a mim me acalmava.

Nem tudo o que idealizamos se realiza por isso sonhamos com um mundo perfeito que nunca se formará pelo simples facto de sermos humanos e de termos a capacidade de nos apaixonarmos.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

VITÓRIA!

Depois de todas as tentativas... Baixar os braços e desistir? Não. Não sou assim. Apenas mudo de rumo.

Continuava a lutar sem desculpas, guiado pelo incrível desejo de te ter. Hoje tudo muda. Esse incrível desejo permanece, mas é agora abafado pela vontade de mudar a minha vida.

Repito infindavelmente que é hoje que tudo muda. Será a partir de hoje que deixarei de inclinar a cabeça e a erguerei para te olhar nos olhos. Será a partir de hoje que deixarei de me revoltar comigo mesmo e passarei a descarregar toda esta fúria da forma mais dura e crua em quem a merece. É a partir de hoje que todo um sentimento apenas estará por um fio, que será fortalecido pelos teus actos, não pelos meus.A confiança passa a correr-me nas veias. Sinto-me capaz de muito, de mais, de muito mais.

Agradeço tudo o que se passou até agora, entristece-me ter de te deixar assim. Apenas tenho dois minutos para permanecer triste, a meta que estableci marca o fim desta era. Não tenho mais para escrever. Esta será definitivamente a última vez que será abordado este assunto. Acredito que esta decisão marcará o fim desta história? Não, não acredito, mas sei que será encarada de uma forma diferente em que nesta batalha não me sinta derrotado nem saia ferido. Vitorioso apenas, Vitorioso.

"I'm ready now to start a new beginning..."

terça-feira, 13 de julho de 2010

perdido

Apenas ouço o meu cansado respirar. Encontro-me só, envolvido na escuridão. Respiro fundo e ganho coragem. Sinto um arrepio na espinha. Agora sim, estou preparado para escrever...

Viajo por todas as lembraças, viajo em círculos, sem me cansar. Tento lembrar-me do mais importante da minha infância. Não sou capaz. Apesar de tudo agora sinto-me forte, forte por ter superado todos os obstáculos e dasafios até hoje. No momento que se segue tudo isto é esquecido. Volto a viajar, neste momento por um longo caminho com espinhos. Nesse longo percurso tropeço, levanto e vejo a nossa relação a afundar-se. Ao longe, aproxima-se uma luz que passa por mim e me ignora. Sinto-me perdido, sem rumo.  Procuro por entre as tristes folhas um sinal de ti. Toda uma mancha de sangue escorre por entre os dedos das minhas mãos. Apesar de parecer uma ferida superficial, é profunda. É essa a ferida que me vem consumindo sem dó nem piedade.

Nem toda a tristeza tem um real significado. Esta tem, esta tristeza tem um significado, mas mais que tudo uma identidade, TU!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

a lágrima.

Tento recriar todos os momentos, todas as noites passadas ao telefone, todos os segundos em que perdi a cabeça e disse mais do que devia. As palavras não me saem, o coração aperta-me e este silencio vai-me empurrando para a triste agonia.

Encontro-me sozinho, olhando para um livro que é desfolhado pela triste ventoinha que se move como se percebesse a minha tristeza.

Arrepio-me, o ar que entra por uma janela entre-aberta magoa-me. Sinto uma enorme revolta envolvida numa desilusão que não perdoa. Sinto-me culpado por tudo o que fiz e deixei de fazer. Acabo por perceber quem é realmente culpado. Atribuo a mim próprio a culpa de uma amizade que simplesmente parece já não resultar.


Imagino-te. Ouço a tua voz. Sorrio intimamente. Segundos depois surge uma lágrima. Prometo que será a primeira e a última.